martes, 30 de junio de 2009

Aprendo


A no decir todo lo que siento y pienso.
A guardar en cajas perfumadas, algunos molinos de viento.

Intento...

Aprender a perdonar.
A reconocer la tenue línea que me separa de los demás.
A escuchar más, y, hablar menos.
A dejar de correr , cuando mi cuerpo se inmoviliza.
A dejarme llevar, a veces...

lunes, 29 de junio de 2009

Cansancio

Voluptuosidad.
Círculos.
Humo.
Regalar.
Volver.
Tocar.
Pedazos.

Yo.

No te engañes...
Poesía en el plato. Cansancio entre las uñas..
Mirada vacía.
No quiero ser tu profesora.
Ganas de vivir. Sin rabia, ni miedo.

No hagas tuyas las palabras que no lo són.
No robarás... a no ser que tengas hambre...

No te contaré:
Del frío.
De la muerte de los demás.
Del miedo animal.
De los niños.
De aquellos a quien se le acabaran los sueños.
De la mentira del sueño americano.
De la justicia.
De la confianza.
De un bosque sin luz y el olor del miedo.
Del bien que me sienta el pasar de los años.

De todas formas, no me creerías.

Disfruta tu humo.






jueves, 25 de junio de 2009

Promessas e outros líquidos


Entra devagar.

Deixa a água deslizar na tua pele. Ela nao te promete nada.









Deixa os teus calcanhares perderem apoio. A liberdade também passa por aí.


Tu também es água.

Nao prometas.

Sente e faz.

Minha filha sereia com olhos de vento.


miércoles, 24 de junio de 2009

Almoçamos?


Encontro as sandálias, chinelos de dedo e ténis de algodao, que alguns pés abandonaram perto da praia.
Depois da festa.
Como se os seus donos tivessem, misteriosamente, abandonado o planeta.
Com desapego.
À procura de texturas e emoçoes.

Depois, sonhei com ela.
Tinha olhos do tamanho de gemas de ovo.
Parecia tao leve como um fio de cabelo ondulado.
Tinha deixado de comer durante muito tempo.
O corpo dela rejeitava alimento, como o sentir, rejeitava a dor.
Bebia água, porque dizia que percorria o seu corpo, sem lhe exigir nada em troca.
Tinha deixado de usar óculos escuros. Já nao tinha medo que a fragilidade lhe inundasse o olhar.
Agora era pedra porosa, poderosa.
Deixava penetrar a humidade, devolvendo-a ao exterior, muito lentamente.
(Sabias que , a humidade, no interior das rochas, escava longas e finas fracturas verticais, que, ao longo dos anos, acaba por quebra-la em pequenas partes?)

Ela, como sempre, calou-se sem avisar .
Brincava com os anéis, encaixando-os nos dedos dos pés.

Disse-lhe que já nao tinha saudades dela.
Agora, preferia cozinhar, ao som de Tom Waits, acompanhada de Rioja e finas fatias de presunto bem curado.
Polpa de courgete, polvilhada de canela.
Couscous de açafrao, afogado em molho de hortela.
Azeitonas salteadas em alho e azeite.
Arroz de bacalhau, agasalhado num mar de coentros.

Nao tenho saudades dela.
Prefiro saborear, e, passear com óculos escuros, de vez em quando.

lunes, 22 de junio de 2009

Dudas


De verdad que a la gente le gusta vivir como vive?
Buscamos excusas?
Soy marciana?
Es tan malo aprender?
Entonces porque nos lo ponen tan difícil?
Y porque en Internet es todo tan fácil?
Y porque no hay hospitales?
Que es el dinero del Estado?
Que es el Estado?
Porqué mi mirada se detiene?
Porqué se tiene que poner nombre a todo?
Porqué nos sentimos mal cuando no podemos darle un nombre?
Que es “demasiada gente”?
Que es un perdedor?
Somos una película de ciencia y ficción?
Tengo sueño?
Porque crear es poseer?
Porque alguna gente busca palabras detrás de mis palabras?
Porque no reírse de uno mismo?
Porque mi piel necesita que la toquen?
Porque tenemos que trabajar tantas horas al día si hay mucha gente sin trabajo?
Porque los transportes públicos se pagan?
Porque no escuchamos?
Porque no hablamos?




martes, 16 de junio de 2009

Ser un árbol

A veces, cuando las miro, me reconozco, te reconozco.
Quizás por eso, me gusta estar con ellas.
Cuidarlas.
Darles un sitio donde crecer y desarrollarse tranquilas.
Dejarlas sentir que estoy ahí.

Es como si se hubieran detenido en un momento especialmente hermoso, o doloroso, o los dos (existe realmente uno sin el otro?).

Como si un cuerpo humano se hubiera cristalizado en su movimiento más sincero, más pleno y suave, o sorprendentemente violento.
Incluso parece que respiran, muy bajito, con mucho cuidado para que nadie se entere que están, que aún pueden sentir.
Esas ramas podrían ser brazos, intentando llegar, intentando tocar sin manos, ni dedos suaves.
Esas hojas largas o estrechas podrían ser pensamientos gobernados por el calor y frío que traen los vientos ingobernables.
Se puede caer todo con el frío, no?

Los árboles viejos, respiran de una forma distinta de los jóvenes.
La cantidad de oxigeno que producen también es distinta.
Así como, el color de sus hojas y el tamaño de sus frutas.
Sabías que hay árboles que solo dan flor cuando son mayores?
Y que algunas especies, necesitan menos agua que aquellos que tienen menos años?

A veces, ser mayor, significa que ya sabemos enfadarnos con nosotros mismos y no solamente con los demás.

A veces, los árboles mayores se creen que pueden controlar la longitud de sus raíces y, se equivocan...

A veces, me gustaría ser un árbol y haber dejado caer hojas sobre tu cuerpo en vez de haberte hablado y tocado.
Habría sido mucho más hermoso...

jueves, 11 de junio de 2009

Quero ser verbo.


Gritar, romper, rasgar.
Dizer nao.
Nao.
Nao quero viver como vocês.
Porque é que as palavras nao bastam, para dizer aquilo que é realmente importante?

Cansar, acreditar, observar, ajudar, ver, fazer, ouvir.
Ouvir.
Porque é que os verbos têm mais força e mais coerência, quando nao estao ordenados numa frase?

Rio-me, com a pouca arrogância que ainda me resta: Das vossas propriedades;
das vossas batotas e corrupçoes; das vossas televisoes acessas até tarde; do vosso egoísmo; das vossas fotografias em frente ao quadro da Mona Lisa; das vossas piscinas, em terraços com vista, para um bairro imundo.
Dos vossos filhos, que compram cocaína nesses mesmos bairros, enquanto esperam em carros desportivos.
Do vosso desprezo pelas putas pintadas e sem documentaçao legal, as mesmas, que os vossos maridos procuram para conseguir uma ponta de vida com luz.
Do vosso medo a envelhecer, que faz as vossas mulheres comprar juventude como se pudessem comprar o tempo.

Acham mesmo que estao a viver?
Nao perceberam nada, pois nao?

De espadas y otros corazones.


Norma decía que yo tenía “corazón de pollo”. Pero bueno, ella es mexicana...
Cambiábamos una moneda de diez dirhams por otras relucientes diez.
Las alineábamos sobre la mesa, por entre las tazas de café.
Así, estábamos preparadas para distribuirlas, cuando vinieran ellos.
Me sentía una turista buscando la consciencia tranquila.
Me sentía pequeña y inútil.

A la séptima moneda, me tembló la mano.
Ella olía exageradamente a Azahar. La boca pintada de rojo-lucha y, la mirada en desafío.
Guerrera cansada.
La profesión más vieja del mundo en una cultura milenaria...

Sentí un inmenso respecto por esa guerrera que vivía orgullosa y herida de muerte en un País de dragones.
Seguro que llevaba una espada en el lugar del corazón.

Y no, no me he sentido una europea con suerte, porque las penas de los demás no me vuelven conformista.
Nosotras, las europeas, también llevamos una espada.
Pero, a veces, parece que nos olvidamos de cómo manejarla, sea a través de la mirada, las palabras, o, los actos.

martes, 9 de junio de 2009

Desconhecidos?

Aproximou-se com passo seguro. Como se estivesse habituada a faze-lo.
Perguntou-me se podia sentar-se à minha mesa.
Eu, simplesmente escrevia, e tenho o costume de estar sempre disposta a ouvir estranhos.

Da mesma forma, que sempre guardo as fotografias que encontro na rua.

Desconhecidos insondáveis.

Uma vez, em Lisboa, encontrei as pertenças de uma mulher idosa, metidas em sacos e caixotes.
Presumo que tivesse morrido.
Entre colares de plástico, um coador de chá e roupa velha, estava a fotografia.
Uma mulher séria, de lábios finos e vestida à moda dos anos 20.
O que terá condenado aquela mulher a morrer só?

Estou a desviar-me do que quero contar-vos...
Sentou-se, com um cigarro na mao esquerda, e perguntou-me tranquilamente:
-Podes salvar-me? Salva-me.
Nao tive tempo, sequer, para lhe perguntar em que podia ajuda-la, ela continuou, a olhar-me nos olhos, serena, como se olha alguêm que sabemos que nos vai entender perfeitamente(sim, essas pessoas existem) e a falar.
- O poço profundo em que mergulho de noite.É tao vazio e tao escuro.
E os fantasmas...Já nao me assustam, mas também nao me deixam.
Estou cansada deles, das imagens deles.
Podes salvar-me?
Dos pesadelos de todas as noites, de maos adultas que eu nao entendia.
Do abandono.
Do desamor.
Da cama elástica movida a raiva, que nunca mais deixou de tomar conta de mim.
Salva-me.Pelo menos do medo, que é o pior de tudo.

Começou a chover.
Perguntei-lhe se queria um café.
Ela disse que nao e levantou-se.
A chuva ameaçava engordar.Corri para o abrigo do enorme toldo vermelho.
Fiquei a ve-la ir-se, com as costas direitas e o passo seguro.
Aquela mulher estava morta.
Pode-se morrer de solidao?

jueves, 4 de junio de 2009

Porto Maldito



Deitada na cama ouvia o ruído que se escoava pela janela entreaberta.
O som dos risos.Que som absurdo...
O calor sufocante, de uma Cidade poluída.
O meu peito era um poço.
Eu fui sugada por mim mesma.Como um buraco negro.
O Universo dentro do poço.
O negro sem estrelas.
O poço no centro.
O centro, um ponto.
Um ponto no Infinito.
Ficou o centro vazio.
Vazio, cheio,vazio, cheio.
Queria que me cortassem um dedo, para que a dor se fosse, a outro ponto de mim.
E as gaivotas, Meu Deus, as putas das gaivotas, que prolongavam o meu peso, em gritos agudos, sarcásticos, desesperados por falta de palavras.
Um riso maldoso.
A mulher do andar de baixo, que nao parava de varrer.
As partículas de pó, que subiam em espiral até se desfazerem contra a clarabóia, rodeada de Deuses de estuque.
Sussurros, gritos, murmúrios, era tudo um mesmo vento sem correntes.
Morri naquele quarto sem fim.
Quando acordei, só me restava levantar, e lançar-me pelas ruas como uma folha de papel.



Gaveta arrumada.

miércoles, 3 de junio de 2009

La Casa de Las Marías

Hace cuatro años, yo estaba embarazada y no tenía trabajo.
Evidentemente, el precio de los alquileres, en Barcelona, no cambia estés en el estado que estés...

La decisión: Compartir piso.

Y nació la Casa de Las Marías...


















Lo que ha empezado como una necesidad de sobrevivencia, se ha convertido en filosofía de vida.
Ya no puedo vivir sin ellos.
Sin esta especie de familia, que, como yo, ha llegado a esta Ciudad dejando gente querida, olores conocidos, otros sueños y otros códigos.



-Que te pasa?
- Quieres hablar?
- Has visto esta peli?
- Quien quiere café?
- Qué música es esta?
- Te cojo una cerveza..
- Qué? Cuando vas a limpiar?
- Oye. Alguien tiene chocolate?
-Miqueeeeeeeeee! Arregla el puto grifo, por favor.







- Has comido?
- Que libro es ese?
-Alguien va al super?

Cocinar, dormir, llorar, ver una peli tonta, ver una peli buena, descubrir la música que trae cada uno, pelearse, ayudarse, leer, sorprenderse, fumar, discutir, jugar con Laura, conversar horas y horas.












Pero, lo mejor de todo son las risas.
Reírse de verdad y ver alguien hacerlo contigo, aún es lo que siempre queda, como una imagen más nítida que las otras.








































A veces duele cuando parten, y es magia cuando vuelven, a visitarte.
Cuando las cosas no acaban bien, también duele, pero por poco tiempo. Me he acostumbrado a desarrollar esta extraña capacidad(que me sigue sorprendiendo) de quedarme con lo bueno. Y, porque sigo creyendo que no hay gente buena o mala.
Cada uno tiene su monstruo privado, el problema es que lo liberemos al mismo tiempo.
Se convierte en una guerra de gigantes.
Pero, tal como cuando nos queremos, lo hacemos, lo mejor que sabemos.



Buenas noches...Gracias.