domingo, 31 de julio de 2011

Boas coisas

Balada do Mar Salgado

Boa vontade

Beringela recheada

Bauhaus, a escola

Barriga, da minha filha

B&B

Bogart

Berlindes

Baltasar, L.D.

Beijos

Bicicletas

Binoche, Juliette

Borboletas

Batatas a murro

Bósforo

Bolas de Berlim na praia do Guincho

Babelia

Bacalhau com broa

Bacalhau com muitas coisas

Boris Vian

Bardem, Javier

Banho looooooongo

Bebo Valdez

Baobab

Basca, La Pelota-Julio Medem

Bolas de sabao

Brandao, Raul

Blues Brothers

Beauvoir,Simone de

Bubble shooter

Blue velvet, todos

Baleias

Butxaca,La

Biutiful

Baunilha, velas de

Barragán, Luis

Booking

Botas, Uggs, Fly London

Botwin, Nancy,Silas,Shane,Andy(Weeds)

Barco, à vela

Brahem, Anouar

Brancas, paredes

Bigas Luna

Bavaroise, de qualquer coisa

Buenafuente, Andreu

Bretanha, quero ir

Ben Harper

Bibliotecas

Boa noite

Bom Verao, Barcelona.

miércoles, 27 de julio de 2011

el drac

Lo vi deambulando por las calles.

Herido de muerte.

Sangraba por la nariz y por el pecho mientras escupía fuego.

Quizá porque uno, no puede despedirse sin más de lo que le ha permitido construirse como sobreviviente.

domingo, 24 de julio de 2011

perspectiva

Foto:Vicente Olmos


Sinto-me pequenina

a contemplar os meus sonhos e os dos outros,

a observar a minha filha sereia com olhos de vento,

quando as palavras saem dos meus dedos,

cada vez que me apaixono,

cada vez que leio alguém que tem a coragem de ter ideias próprias

Sinto-me grande

a desenvencilhar esta crise de merda,

cada vez que resisto,

cada vez que me rio de mim.

Grande e pequeno, nao é melhor, nem pior é só uma questao de perspectiva, inversamente proporcional.

jueves, 21 de julio de 2011

Darth Vader tenía un par.

La diferencia entre Darth Vader(Anakin entre amigos) y los anti-disturbios es que el primero reconoce que pertenece al lado oscuro y se deja rescatar...

Tal vez seamos la Alianza Rebelde de la galaxia de los que no llegamos al final del mes.

Y quizá esta, sea la primera parte de la trilogía, donde al lado oscuro de la fuerza, le llaman crisis.


**Las “naves” no se parecen mucho a los Devastator, pero bueno, todo es cuestión de imaginación...






domingo, 17 de julio de 2011

quero ser embalada pelo mundo

O meu pé descalço tocou o aço frio, que o acolheu com segurança.

O resto do corpo ergueu-se ligeiramente no ar, como um salpico salgado, para finalmente pousar o outro pé no soalho de madeira macia.

Quando tive os dois pés no chao, senti que o mundo me embalava, numa espécie de amor antigo, como se eu e ele sempre tivessemos navegado juntos.

Foi a primeira vez que os meus pés subiram a um veleiro, e agora quero voltar...

miércoles, 13 de julio de 2011

aziza

Las teclas y la voz de Aziza rompen pecho adentro, deshaciendo la espuma de las noches,dejándome dormir sin soñar. Hermoso.

http://www.youtube.com/watch?v=oT5KOUirniI&feature=related

martes, 12 de julio de 2011

cinco minutos

15:05h

Ele girou rapidamente sobre si mesmo e antes de abrir os olhos fez o jogo, infantil e doce, em que muitos já embarcamos centenas de vezes: se ela olhar para mim é porque me curo.

Nao o viu.

O olhar firme, os dedos longos e morenos e as sandálias que denunciavam as férias. Sonhou a desconhecida e perdeu um pouco mais de esperança em ganhar a guerra declarada pela maldita doença. Ao sentar-se na esplanada, onde as cadeiras estavam ainda molhadas pela furiosa chuva de Verao, sentiu-se como uma delas; a escorrer água, imóvel, inerte. Deve ser asim, a seguir ao desespero vem esta aceitaçao, tudo se esgota.

Prendeu a atençao no casal da mesa à sua frente, eles pararam por momentos à passagem da mulher de férias e a seguir retomaram a conversa, enérgica pelo gesticular das maos, cúmplice pelas cabeças juntas. Ela expunha-lhe a sua teoria: a próxima revoluçao seria feita em nome do tempo, da sua recuperaçao e uso. Os dois traçavam um plano para fugir do trabalha-paga-trabalha-recupera-endivída-te-trabalha-paga-estica-paga-paga. Possuiam um poderoso motor que provavelmente os transportaria com sucesso a qualquer lugar.

Na única mesa seca da esplanada, sob o toldo amarelo, sentava-se um homem de meia idade que tinha deixado de fumar porque tinha medo de morrer. Pensava no vizinho do quarto andar, no sorriso, no contorno aveludado do seu queixo. As maos suaves, de unhas tratadas, acariciaram a asa da chávena,onde boiavam duas cascas de limao em forma de meia-lua. Foi interrompido pela mulher que lhe pedia para retirar uma cadeira seca.

A areia que lhe salpicava os pés trazia o som aconchegante do mar calmo. Quando ela percorreu a esplanada com o olhar, pousou-o um momento no casal com tempo e teve a sensaçao que deles se soltava um ruído surdo, semelhante ao da maré quando sobe.

Depois, viu um homem ainda jovem, rígido, ausente. Leve e forte como um bloco de granito.

Ele ergueu o olhar e um papagaio de papel descreveu um arco no céu.

15:10h

domingo, 10 de julio de 2011

"another world"

La vi poner su ropa roja de tela anti inflamable.

Primero los anchos pantalones de talla única, después la chaqueta larga, quizá dos tallas más de la suya.

Su cuerpo pequeño, espigado y moreno fue engullido por las llamas amarillas pintadas en el traje.

Se sentó en el bordillo de la acera para ajustar las Dr Martens y entonces le vi los ojos que escrutaban la multitud mientras charlaba. Al contrario de su boca, no se reían.

Ella no venía con manual de instrucciones,o hacía mucho que lo había tirado. Ya no esperaba que le besaran el alma o siquiera que quisieran saber quien era ella y porqué lo hacía.

Porque se vestía como un diablo, encendía atochas y fingía que quería prender fuego al mundo.

http://www.youtube.com/watch?v=5qkfAc_6dv0

martes, 5 de julio de 2011

sorriso

Um vento furioso disfarça os 34º que me queimam a pele.

Subo a rampa da Barceloneta.

A bicicleta voa e eu esgrimo o poder dos sentidos contra todos os meus demónios e fantasmas.

Ultrapasso um miúdo de 8 anos que pedala furiosamente em cima de uma bicicleta maior do que ele.

Ele ultrapassa-me a mim, olha-me com a audácia a despontar.

Abro o sorriso e ele abre o dele.

Um dinossauro amarelo espreita-me por cima de um muro.

Às vezes as palavras nao valem nada.

Tal como os fantasmas.