viernes, 28 de septiembre de 2012



Pé ante pé escalo os degraus.
Desgastados mesmo no meio. Por lá já passaram muitos.
Quase sempre há silêncio. Nunca se ouve mais nada quando está o medo?
Subo, escalo, trepo.
Apesar da vertigem, apesar da imaginação. Escapo ao que me persegue. Os fantasmas já não entram. Abandonei-os. É a vez do medo, no degrau liso e gasto que me deixará mais leve.

martes, 25 de septiembre de 2012


Hoje, 25 de Setembro, eu não estava em Madrid, mas vi. Vi tudo e em directo.
Chorei. E não tenho vergonha. Chorei de impotência e de raiva.
Pelas cargas policiais de gente que ainda não deu conta de que também é povo.
Porque os filhos da puta que estavam dentro do Congresso e que amanha continuam a ter trabalho, direito a saúde em clínicas privadas, escola de elite para os filhos, e todos os extras que muitos já nem nos lembramos quais são, negam uma vida com dignidade a todo um povo.
Pela coragem de uma multidão imensa que se atirou à polícia em defesa própria e que continuou a cantar el pueblo unido jamas será vencido.
Chorei porque não estava em Madrid e porque quero o meu futuro de volta.